Muito acertada a matéria principal de capa de “O Popular” de hoje — Apagão do táxi —, do jornalista Pedro Palazzo. Se Goiânia em 1978 possuía 1.231 permissões, época em que estas aconteceram, e atualmente possui 1.470, isso prova que nesses 35 anos o aumento de permissões ficou aquém da necessidade. Ou seja, a demanda está maior que a oferta. Conforme a matéria, enquanto em 1978 era um táxi para 308 habitantes, hoje são 907. Goiânia, segundo a matéria, está longe da situação do Rio de Janeiro, que é de 197 habitantes por táxi. Em outras cidades, como Bueno Aires, Cidade do México, São Paulo, esse número é de respectivamente 76, 85 e 343 habitantes.
Outro aspecto importante levantado pela matéria, que pesa na demanda de táxis em Goiânia, diz respeito à Lei Seca, que impõe tolerância zero de consumo de álcool pelos motoristas, sobretudo pela multa muito salgada em caso de o motorista ser autuado por descumprimento da lei, podendo até gerar prisão, como tem ocorrido e sido mostrado pela imprensa.
Em dezembro do ano passado participei de reunião que envolveu algumas das principais lideranças políticas do Congresso e representantes dos taxistas de todo o País. Nesta reunião foi discutido o Projeto de Lei 253/09, que regula a transferência da permissão da exploração dos serviços de táxis no Brasil. Esse assunto também entra na matéria de “O Popular”.
O presidente do Sindicato dos Taxistas e Transporte Escolar do Estado de Goiás, Joaquim Nascimento, à época em que foi divulgada essa reunião da qual participamos, comemorou o avanço das negociações. Segundo ele, a proposta, que conta com o nosso apoio, vai dar estabilidade aos trabalhadores. “Esse projeto de lei significa a conquista de um grande direito; conheço pessoas que venderam a própria casa para comprar um táxi, mas não têm garantia nenhuma sobre o amanhã”, avaliou o presidente.
Designei à minha equipe técnica a elaboração de um projeto de lei, o qual se encontra em fase de conclusão, que trata do assunto abordado por “O Popular”. O projeto, inclusive, determina a quantidade de táxis por número de habitantes, seguindo exemplo de cidades em que não ocorrem os problemas apontados na matéria.
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