Os jornais Diário da Manhã e O Hoje trazem, em sua edição de hoje, matérias que esclarecem o “EQUÍVOCO” da matéria da Agência do Estado, que disse que o senador Wilder Morais utiliza dinheiro público para fazer “caridade”. Veja abaixo as respectivas matérias:
Wilder explica filantropia
Doação para entidade assistencial espírita é feita, há mais de 10 anos, e envolve mais do que o aluguel
Hélmiton Prateado
O senador Wilder Morais (DEM-GO) explicou, ontem, o motivo de recibos da Associação Tio Cleobaldo apresentarem como motivo da despesa “aluguel de casa para funcionamento do escritório político” do senador na Rua 88, Setor Sul, em Goiânia. O dinheiro do aluguel de fato vai para a associação, mas é oriundo de um comodato feito pela entidade assistencial com o proprietário da casa, Waldo Caetano, ex-sócio de Wilder na Orca Construtora.
A dúvida sobre se o senador faria filantropia com dinheiro público surgiu depois que os recibos da doação feita para a associação foram declarados para ressarcimento pelo Senado na Verba Indenizatória. Essa verba pode ser gasta pelos parlamentares em seus estados de origem para pagamento de aluguel, diárias de hotéis e até combustível e despesas de deslocamento.
Wilder declarou em seus três primeiros meses depois que assumiu o Senado com a cassação do ex-senador Demóstenes Torres que os R$ 3.000 foram para a entidade conhecida como Lar de Jesus, que tem uma escola profissionalizante no Setor Coimbra. Nos meses seguintes o recibo já saiu tendo como referência a Associação Tio Cleobaldo, que distribui refeições para pessoas em situação de rua.
Cleobaldo Martins, coordenador da obra assistencial, conta que Wilder e Waldo ajudavam a entidade há vários anos e que ultimamente estão empenhado sem construir um prédio comercial que será alugado para a Caixa Econômica Federal cuja renda será revertida para a associação. “Wilder é um homem muito bom que nos ajuda muito e o Waldo é uma alma boa que, sendo o homem rico que é, ainda vem todo sábado nos ajudar a preparar as refeições e distribuir para as pessoas necessitadas”, conta Cleobaldo.
As declarações de aluguel da casa de Waldo foram parar no Portal da Transparência, do Senado, com consulta facultada a quiser navegar pelo site do Parlamento. De acordo com o senador ele contribuía antes e a melhor saída encontrada para justificar foi declarar como sendo o repasse do proprietário da casa, Waldo Caetano, para a associação como sendo o aluguel doado para Cleobaldo.
Continuidade
Wilder Morais explica ainda que irá continuar a fazer a doação mensal para a Associação Tio Cleobaldo através do aluguel pago a Waldo e conclama seus amigos empresários a se unirem para terminar o prédio que dará suporte financeiro para a entidade. “A obra é importante e justa. Vamos prosseguir e manter a ajuda que sempre dispusemos a prestar a quem necessita e não vamos recuar”, finalizou.
Wilder se defende de uso indevido de verba
O senador Wilder Morais (DEM) se defendeu ontem de matéria publicada pelo jornal O Estadão, que cita o uso indevido da verba de gabinete para pagamento do aluguel do escritório político em Goiânia. A matéria afirma que o senador realiza o pagamento a uma associação beneficente, sendo que a entidade não possui nenhuma propriedade. Segundo Wilder, o imóvel pertence a um de seus sócios, que abriu mão do valor da locação em prol de uma entidade de assistência social.
Por meio de sua assessoria, Wilder apresentou os recibos referentes aos depósitos realizados em favor da entidade, bem como o contrato de locação, que transfere o valor do aluguel para a associação beneficiada. Pelo contrato, firmado com a construtora Unotech, dona do imóvel onde fica o escritório político do senador, pertencente a Waldo Caetano, sócio do senador, a entidade Tio Cleobaldo, presidida por Cleobaldo Martins, tem direito a explorar o aluguel por um ano.
O respectivo dinheiro, a quantia de R$ 3 mil, custeia o aluguel do escritório de Goiânia. Conforme a equipe do senador, isso está de acordo com o ato da comissão diretora do Senado Federal, nº16 de 2009, que diz que todo parlamentar tem direito a um escritório de apoio às atividades parlamentares em seu Estado de origem.
Conforme os documentos apresentados, o imóvel, localizado no Setor Sul, em Goiânia, foi repassado à associação Tio Cleobaldo, em regime de comodato, pela Uno Construtora e Incorporadora. A Associação, por sua vez, firmou contrato de locação com o senador. A ligação entre a entidade e o senador, porém, não está restrita à locação. Segundo a assessoria do parlamentar, Wilder colabora com a instituição antes mesmo de ingressar na vida pública, o que ocorreu há dois anos.
A matéria
O texto publicado em O Estadão insinua que Wilder faz “filantropia” com verba pública. Ainda de acordo com a notícia, durante os primeiros três meses de mandato, de acordo com sua prestação de contas, Wilder pagou R$ 3 mil a título de aluguel para uma antiga entidade assistencial de Goiânia, o Lar de Jesus. O presidente da entidade, Weimar Muniz, no entanto, afirmou que a operação foi fictícia e que o dinheiro já era destinado a Cleobaldo Martins, que não tinha como emitir os recibos.
Tanto Waldo quanto Wilder disseram que foi o primeiro quem teve a ideia filantrópica. Ambos já ajudavam as entidades com dinheiro de uma construtora em que eram sócios, a Orca. Cleobaldo Martins e Weimar Muniz afirmaram que Wilder é o filantropo. O primeiro, afirmou que sempre foi ajudado pelo senador.
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