Reportagem publicada no jornal Diário da Manhã — 11 de abril de 2015
Senador democrata afirma que na atual conjuntura política ação é improdutiva
O senador goiano Wilder Morais (DEM), cujo posicionamento parlamentar tem sido marcado rigorosamente como oposicionista ao governo da presidente Dilma Rousseff — fato que pode ser comprovado essencialmente nas publicações de suas redes sociais —, achou muito útil que a conversa de fusão entre seu partido e o PTB tenha sido adiada para setembro deste ano. Até lá, o senador acredita que essa unificação, “por consenso dos dois partidos seja, talvez, esquecida e cada sigla continue dentro de sua linha partidária de trabalho”.
Para Wilder, “não se pode pensar na fusão de dois partidos visando apenas a somatória, ao quantitativo parlamentar que essa possível junção possa promover”. Ele ressalta que o fator impeditivo da unificação dos dois partidos está justamente “na posição ideológica de cada um em relação governo da presidente Dilma”. Wilder entende que “essa fusão, na atual conjuntura política, é algo improdutivo para ambas as siglas, mas essencialmente para o DEM, que tem tido uma postura mais oposicionista ao governo”.
Executiva aprova
Principal crítico do governo federal, o DEM deve formalizar, nos próximos meses, a sua fusão com o PTB, partido que integra o governo da presidente Dilma Rousseff. O comando nacional do DEM aprovou na terça-feira (7), por 21 votos a 4, a continuação das conversas para a união das duas siglas, que valerá nas eleições municipais de 2016 se for aprovada em definitivo.
Apesar de o PTB ser atualmente da base de apoio do governo Dilma, o presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), afirma que não há possibilidade de o partido mudar a postura de oposição à gestão do PT. “Está no acordo feito previamente com o PTB o atestado de que o partido terá a orientação política que o Brasil conhece. Prova disso é que manteremos os nossos atuais líderes da Câmara e do Senado”, afirmou o senador.
O PTB tem atualmente o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O ministro Armando Monteiro Neto ameaça deixar o PTB, caso a fusão seja aprovada.
Há resistências à fusão entre membros dos dois partidos, mas a maioria das executivas do DEM e do PTB defendem a união para dar “fôlego” às siglas – que vêm reduzindo suas bancadas nos últimos anos, com dificuldades também de eleger governadores e prefeitos. No acordo com o PTB, ficou acertado que o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) vão manter os cargos de líderes da nova sigla. Os dois são conhecidos pelos críticos discursos ao governo Dilma, embora Caiado seja pessoalmente contrário à fusão com a nova sigla.
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