WILDER
MORAIS

Engenheiro e
Empreendedor goiano

Praticidade tecnológica, preocupação ambiental e responsabilidade social de mãos dadas

Artigo publicado no Jornal Diário da Manhã — 5 de dezembro de 2014

Wilder Morais

Estou otimista com o andamento do meu projeto de lei (PLS 96/2014), que busca a universalização dos cabos carregadores de celular. Mais uma etapa vencida: foi aprovado dia 11 do mês passado pela Comissão de Ciência e Tecnologia. Acredito muito no êxito de seu andamento nas etapas posteriores, pois o projeto busca envolver praticidade tecnológica, ação ambiental e responsabilidade social. Ele, inclusive, até foi notícia positiva no site holandês Telecompaper, que é um dos maiores portais do mundo na área de telecomunicação.

Além de seu objetivo de evitar o transtorno que as pessoas enfrentam quando saem sem o carregador e muitas vezes não encontram um compatível com seu celular, o projeto busca também uma ação prática em favor do meio ambiente, visando evitar a produção desnecessária de lixo eletrônico.

O celular hoje, lembrando que no Brasil já existem quase 274 milhões de aparelhos, não tem apenas a função de fazer ligação telefônica como foi no seu surgimento, isso no princípio dos anos 80, com a primeira geração, em que os aparelhos eram grandes trambolhos: pesavam quase 1 quilo e tinham 30 centímetros de altura. O Brasil tem hoje quase 53 milhões de pessoas se conectando à Internet por celular; em 2011 eram apenas 15 milhões. Nessa recorrência à Internet, as pessoas têm usado o celular para movimentar as redes sociais, compartilhar de fotos, vídeos ou textos, acessar e-mail e baixar aplicativos.

Esses inúmeros recursos mostram o quanto o celular se tornou um aparelho tão necessário na vida das pessoas, seja para as atividades pessoais ou empresariais. E isso acaba, portanto, fazendo com que a bateria do aparelho tenha a sua carga consumida com mais rapidez. E quando não se está de posse de um cabo carregador e não há um compatível para se pegar emprestado, isso é transtorno na certa.

Esse consumo rápido da carga abriu espaço para que algumas empresas disponibilizassem no mercado alguns aparelhos que funcionam como bateria extra, os quais também exigem cabo para transferir a carga ao celular. Fato este que também colabora com a fabricação de mais cabos, o que acaba resultando numa parafernália de cabos mais diversos. Até a gigante Apple fabrica aparelhos com carregadores diferentes: o do Iphone 4 não serve para carregar o 5. Ainda bem que a empresa acertou lançando o Iphone 6 com a mesma entrada do 5.

É inquestionável os benefícios resultantes da tecnologia da informação, mas se faz necessário observar também alguns aspectos negativos dela. Aspectos estes relacionados à falta de praticidade para os usuários e à falta de colaboração com a questão ambiental. O excesso de cabos carregadores representa lixo eletrônico, o qual mundialmente tem crescido três vezes mais que o lixo convencional. E junto a isso o fato de que é mais perigoso, pois é composto de várias substâncias, principalmente metais pesados como chumbo e mercúrio, que, por não terem uma destinação apropriada, acabam gerando danos ao meio ambiente e, respectivamente, à saúde das pessoas.

Conforme dados da Organização das Nações Unidas, anualmente é produzido no mundo 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico, cabendo aos Estados Unidos a liderança nesse ranking, gerando três milhões de toneladas por ano, depois vem a China com dois milhões, e o Brasil com 1,3 milhão.

Assim como as empresas se aperfeiçoam para oferecer um produto ou serviço de qualidade, para ser mais competitivas e assim dar ao seu produto ou serviço um perfil de marca forte, elas também precisam adicionar, em suas metas produtivas, o fator ambiental e a responsabilidade social. Isso é também um aspecto diferencial, por sinal muito valioso do ponto de vista ambiental.

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