WILDER
MORAIS

Engenheiro e
Empreendedor goiano

Lixo é coisa séria

Parabéns ao jornalista Cleomar Almeida, de O Popular, pela matéria “Paisagem contaminada por lixo”, publicada hoje na página 4. A destinação imprópria do lixo gera efeitos negativos à saúde humana e ao meio ambiente (água, ar, solo, paisagens). Lixo é coisa séria. Muito séria. E o trabalho de lidar com ele, de forma sensata, é de toda a sociedade. Um simples papel de balinha jogado no chão é um ato incorreto de se lidar com o lixo.

Abaixo matéria extraída do site Planeta Sustentável, redigida pela jornalista Débora Spitzcovsky. Matéria esta, vale dizer, nada animadora em relação à destinação do nosso lixo.

Produção de lixo cresce seis vezes mais do que população

Divulgado pela Abrelpe, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, referente a 2010, apontou que a produção de lixo no país cresceu seis vezes mais do que a população. E mais: a quantidade de resíduos com destinação inadequada aumentou quase dois milhões de toneladas, em relação a 2009

Produzido anualmente pela Abrelpe — Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil referente ao ano de 2010 não trouxe boas notícias aos brasileiros: o estudo mostrou que, no ano em que foi criada a PNRS — Política Nacional de Resíduos Sólidos, a produção e destinação final do lixo brasileiro sofreu retrocessos.

Segundo a pesquisa, o volume de RSU — Resíduos Sólidos Urbanos gerado em 2010 pela população é 6,8% superior ao registrado pelo Panorama em 2009. Foram quase 61 milhões de toneladas de lixo produzidos nos últimos doze meses e o aumento populacional no país não é desculpa para esse crescimento: o estudo mostrou que a geração de resíduos aumentou seis vezes mais do que a população em 2010, o que significa que, no último ano, cada brasileiro produziu, sozinho, uma média de 378 kg de lixo.

E as más notícias não param por aí: o Panorama concluiu, ainda, que a quantidade de RSU com destinação inadequada aumentou quase dois milhões de toneladas, com relação a 2009: foram 23 milhões de toneladas encaminhadas a lixões e aterros controlados — que, por não possuírem mecanismos adequados de disposição e armazenamento do lixo, contaminam o solo e a água — contra 21,7 milhões, em 2009.

A região que apresenta o pior índice de destinação inadequada é a Centro-Oeste, que encaminha mais de 71% do lixo que produz para lixões e aterros controlados. Em seguida aparece:
— Nordeste, com 66%;
— Norte, com 65%;
— Sul, com 30,3% e
— Sudeste, com 28%3, onde situa-se o Estado com menor percentual de destinação incorreta de lixo: São Paulo, que é, ainda, o que mais produz RSU no Brasil: são mais de 55 mil toneladas por dia. O Rio de Janeiro, que ocupa a segunda posição do ranking, produz cerca de 20 mil toneladas diárias de lixo.

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