Reportagem publicada pelo jornal Diário da Manhã — 31 de outubro de 2016
Os empresários ligados ao agronegócio demonstram confiança no governo Michel Temer. É o que se depreende de enquete recém realizada na premiação Melhores do Agronegócio, em São Paulo. O talk show foi apresentado pelo economista e sócio da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros. Os representantes do agronegócio se mostraram no geral otimistas com as perspectivas econômicas do próximo ano.
O senador Wilder Morais (PP-GO), componente do Fórum Empresarial de Goiás, comentou sobre a pesquisa no Senado Federal, em Brasília. Em sua visão, o presidente Temer tirará o País da crise até o final de seu governo. Assim como pensa 60,1% dos empresários presentes na cerimônia paulistana.
E concorda também que o Custo Brasil impede o desenvolvimento nacional. Aliás, o senador goiano tem batido com freqüência nessa tecla, observando que “o Brasil para se tornar mais competitivo no mercado internacional precisa ter seus custos reduzidos”.
O Custo Brasil é representado pela infra-estrutura e logística, legislações trabalhistas, tributária e excesso de burocracia. A previsão para o PIB variou de negativa por 12,6%, zero, 7,5%; e entre 0,5% e 2% por 69,9%. Pela enquete o dólar em relação ao real variará de R$3,00 a R$4,00. Os investimentos tendem a ser mantidos por 45,7%, aumentados 36% e reduzidos por 18,3%.
Desburocratização no agro tem incentivo de Senador
O senador Wilder Morais (PP-GO), de um Estado forte na atividade agroindustrial, apóia o processo de desburocratização posto em prática pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF). Em sua visão, a burocracia “entrava tudo na cadeia produtiva”, desde a concessão dos recursos bancários destinados à safra, utilização dos portos marítimos, às exportações.
O secretário geral do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, vem tomando a iniciativa de extinguir ao máximo a burocracia excessiva. Ele solicita nesta momento aos Estados brasileiros e ao Distrito Federal que potencializem a desburocratização, modernização e simplificação dos serviços prestados pelo MAPA ao agronegócio.
Na quarta-feira, 27, o secretário-executivo se reuniu com o Conselho de Secretários Estaduais de Agricultura (Conseagri). Para que isso ocorra, Novacki reforça a necessidade de as administrações estaduais participarem do Plano Agro+.
Estimativas preliminares indicam que o Agro+ pode representar economia de até R$ 1 bilhão com a simplificação de procedimentos na cadeia do agronegócio. “Seremos mais eficientes se buscarmos soluções em conjunto”, destaca Novacki.
Representantes dos Estados
A reunião teve a participação de secretários e representantes de Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Tocantins.
De acordo com o presidente do Conseagri e secretário da Agricultura de Minas Gerais, João Cruz, alguns Estados já estão realizando esforços para implantar programas similares ao Agro+. “A defesa agropecuária é o tema mais recorrente nas discussões. Os problemas já foram identificados e agora buscaremos as soluções. As administrações estaduais precisam participar da elaboração das políticas públicas”, enfatiza.
O secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Luis Rangel, assinala que é preciso maior contribuição na implementação do Agro+. “Também é preciso que o setor privado cumpra seu papel na fiscalização agropecuária”, ressalta Rangel.
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