Reportagem publicada pelo jornal Diário da Manhã — 9 de novembro de 2016
Representante de Goiás apresentou cadastro para análise do andamento das construções
O Governo Federal criou uma Comissão de Obras Inacabadas tendo em vista realizar um inventário das construções federais e fazer com que o país volte a investir naquelas mais urgentes.
Nos dois últimos anos, o Brasil tornou-se uma nação fantasma de obras abandonadas e relegadas ao esquecimento.
Para Goiás, o melhor exemplo é a Ferrovia Norte-sul, lançada em 1987 e ainda hoje um sonho no interior do Brasil. A reforma do aeroporto Santa Genoveva, inaugurada em maio, demorou 20 anos para sair do papel.
A proposta da comissão é avaliar escolas, hospitais, pontes e rodovias que foram interrompidas.
O senador goiano Wilder Morais (PP-GO) foi escolhido para ser o relator de uma comissão especial, no Senado, tendo em vista seu perfil: engenheiro, atualizado com a construção civil e autor do Projeto de Lei 222, apresentado em 2015, que cria o Cadastro Brasil Eficiente (CBE).
A comissão foi criada após o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) apresentar um projeto de lei no Congresso Nacional.
Conforme Wilder Morais, é preciso ofertar fácil acesso da população aos dados sobre início e término de obras públicas federais. “O controle centralizado possibilitaria melhor acompanhamento da evolução das obras de infraestrutura”, diz em referência ao seu projeto, que antecipou a necessidade de se retomar as obras públicas federais.
A comissão proposta por Ataídes foi criada após o presidente Michel Temer anunciar a retomada de 1,6 mil obras federais que estão paralisadas.
“A meta do governo é concluir 1,1 mil obras em até quatro meses”, anuncia Wilder.
Temer se reuniu com dez ministros para tratar das obras e recomendou que cada ministério faça sua lista de prioridades.
O desperdício de recursos públicos nessas obras paralisadas pode chegar a R$ 1 trilhão, anuncia Wilder.
“A gestão das obras públicas não tem informações básicas sobre as atividades da administração no tocante aos gastos ou compras. Muitas vezes, a União desconhece quantas obras estão iniciadas”, diz Wilder, que enxerga na comissão a possibilidade técnica de colaborar com o Governo Federal.
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