WILDER
MORAIS

Engenheiro e
Empreendedor goiano

Menos imposto a quem investe em educação

Artigo publicado no Jornal O Hoje — 24 de junho de 2014

Wilder Morais

A educação é um pilar estratégico para qualquer país que pretenda se desenvolver como nação. A Coreia do Sul é um exemplo extraordinário de nação. O país, que tinha uma economia agrária, pobre, conseguiu se destacar nos últimos 40 anos e se tornar um dos maiores PIBs entre os países asiáticos. A explicação desse êxito está no fato de o país ter priorizado a educação como foco. Até 1945, fim da Segunda Guerra Mundial e também fim da colonização japonesa, a Coreia do Sul tinha apenas 22% de sua população alfabetizada. Esse percentual hoje chega a 98%. Quando se fala em educação de qualidade, o país é apontado como o principal destaque. Lá o crescimento é entendido pelos sul-coreanos como resultado de uma política educacional de excelência.

Por aqui, infelizmente, o cenário não é esse. Jorge Gerdau, presidente do Conselho de Administração da Gerdau — empresa líder no mercado de aço —, tem uma avaliação precisa da importância da educação e da atuação do Brasil no setor. Segundo ele, “a educação é um dos fatores mais vitais para o aumento da competitividade de uma nação, para o desenvolvimento social, bem como para a consolidação do capital social necessário para dar bases sólidas ao desenvolvimento sustentável”. Sobre a política educacional do Brasil, Gerdau aponta que o país “poderia ter outro nível de inserção no cenário mundial se já tivesse avançado na melhoria da qualidade de sua educação básica”. Ele não vê um ambiente de competitividade global para o país se não houver “uma sólida formação cidadã e profissional”.

O Brasil precisa levar a educação a sério e mudar a rotina de seu trabalho no setor, promovendo um gerenciamento político-administrativo eficaz e assim gerar uma política educacional de qualidade, no sentido de proporcionar o desenvolvimento ao país e torná-lo uma nação rica em progresso e capital humano. No entanto, o que mais temos assistido é a utilização da máquina pública como finalidade eleitoral, de modo a atender interesses políticos. Ou seja, ao contrário da Coreia do Sul, o Brasil não tem a educação com foco principal.

O Brasil, atualmente, ocupa as últimas posições no incentivo à educação por meio da dedução no Imposto de Renda, o que não representa nem a metade do valor permitido nos EUA; e em outros países latino-americanos, como Peru, Paraguai e Venezuela, a dedução é integral.

Recentemente, apresentei no Senado uma proposta junto à Medida Provisória 644/2014 que aumenta o valor de abatimento no imposto de renda dos gastos com educação e capacitação profissional. Se aprovada, a pessoa que investe em educação e capacitação poderá abater até 50% a mais do percentual do valor permitido em sua declaração de imposto de renda, diminuindo assim a carga tributária numa ação muito valiosa para o Brasil.

Acredito que, com esse projeto, avançaremos no sentido de estimular as pessoas a investirem em sua capacitação como também na de seus dependentes. E capacitação profissional representa um elemento gerador de produtividade e crescimento econômico: algo mais que necessário para promover maior desenvolvimento ao país e assim torná-lo verdadeiramente uma nação. E isso acontecendo haverá também mais qualidade de vida aos brasileiros.

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