Reportagem publicada pelo jornal Diário da Manhã — 5 de outubro de 2015

Para o senador Wilder, o enxugamento das pastas é algo louvável (e deveriam ter ocorrido há bem mais tempo), mas, segundo ele, “a solução para da crise econômica brasileira passa por reformas estruturais

Três perguntas foram frequentes nas entrevistas que o senador goiano Wilder Morais (PP) concedeu a diversas emissoras de rádios nas cidades que visitou nesta sexta-feira – Aragarças, Acreúna e Rio Verde: 1ª: “Como o senhor vê a redução de ministérios?”, 2ª “Qual é a saída da crise brasileira?, 3ª: “O senhor é favor do impeachment?”.

O senador teceu elogios à presidente Dilma pela redução de ministérios, mas ressaltou que “essa medida deveria ter sido tomada há muito tempo, mas só que ela representa algo pequeno diante da crise econômica gigantesca do país”. Wilder salienta que “o Brasil perdeu o controle das contas públicas, ele vem praticando uma rotina perigosa: suas despesas públicas têm ido além da renda nacional”. A luz que o senador vê para o Brasil está em reformas estruturais.

“Aumentar a arrecadação, como quer o governo, promovendo a elevação de impostos, a volta da CPMF), é uma solução meramente destinada a atender aos  interesses do governo, mas não do Brasil”, diz Wilder, observando que “o  país já possui uma elevada carga tributária e o que é pior: está em último lugar no ranking dos países em retorno dos tributos à população”.

Sobre o processo de cassação da presidente Dilma, Wilder observa que impeachmente “é algo muito sério e que não pode ser empregado por motivações subjetivas de ordem política”. O senador, no entanto, destaca que “nenhum agente público, seja presidente, governo, prefeito, pode estar acima da Constituição”. E mais: “havendo comprovação de crime eleitoral ou outra modalidade de crime que provoque a necessidade de impeachment, o Brasil deve (e precisa) mostrar sua solidez constitucional”. Wilder diz que “impeachment só acontece em país que tenha democracia madura, que é o caso do Brasil”.

Filiações ao PP

Acelerado. Esta é a palavra mais apropriada para se atribuir ao senador Wilder Morais, que agora é presidente estadual do Partido Progressista e está numa maratona de visitas a vários municípios goianos em busca de novas filiações para o PP. Na quinta-feira esteve em Aparecida de Goiânia, na sexta em Aragarças, Acreúna e Rio Verde.

O senador tem destacado nas reuniões que tem participado   que “o Brasil está vivendo um momento de crise sem igual em sua história e que o momento exige uma série de mudanças no país, e que os políticos também precisam mudar, precisam honrar os compromissos de defesa da sociedade, pois, do contrário, vão ser banidos da vida pública”.

Aparecida de Goiânia 

Na quinta-feira, o senador esteve em Aparecida de Goiânia para ato de filiação do ex-prefeito da cidade Tanner de Mello. Além de Tanner, houve também a filiação de dezenas de pessoas da cidade. Agradecendo aos presentes na reunião, Wilder falou de seu carinho pela cidade, citando que sua empresa (Grupo Orca) se iniciou no município e assim ganhou o Brasil. Falou também dos empregos gerados.  Wilder ressaltou também as emendas destinadas a Aparecida de Goiânia, ressaltando que não tem “observado cor partidária dos prefeitos para atendê-los”.

Aragarças

Na sexta-feira, 2, pela manhã, Wilder participou de reunião em Aragarças, onde abonou a ficha de filiação de dezenas de pessoas que se ingressaram ao partido. Isso na casa do empresário Idemir Gustavo Ferreira, que é presidente da sigla na cidade. Ferreira destacou que “a chegada de Wilder ao PP representa fortalecimento, pois ele representar oxigênio novo”. Ferreira também agradeceu a presença da deputada Eliane Pinheiro (PMN), apontando que ela tem prestado um grande serviço ao município.

Por ser aniversário da cidade justamente no dia de sua ida à cidade, Wilder parabenizou Aragarças pelos seus 62 anos. Além de agradecer a presença das dezenas de pessoas, ele disse que estava na reunião para conhecer todos os companheiros de partido e também para se somar a eles no trabalho de fortalecimento do partido. Encerrando suas palavras, Wilder se comprometeu a destinar uma emenda de R$ 250 mil para a cidade para compra de equipamentos de saúde, independente de o prefeito de ser de outro partido.

Acreúna

A casa do ex-prefeito de Acreúna Eurípedes Pankão, anteriormente filiado DEM, ficou pequena para comportar o número de pessoas que foram prestigiá-lo no seu ato de filiação ao PP, cuja ficha foi abonada pelo senador Wilder, que destacou que seu partido terá candidato em todos os municípios e que Pankão tem um histórico de trabalho na cidade e que ele certamente será o novo prefeito da cidade.

Rio Verde

Câmara Municipal superlotada à espera do senador Wilder Morais para divulgação do ato de filiação do prefeito Juraci Martins ao PP, isso em evento ocorrido à noite. O prefeito disse que seu ingresso ao partido simplesmente significava o seu “retorno à casa. O prefeito ressaltou que pesou, na volta ao partido, o fato de o comando da sigla estar a cargo de Wilder, justificando que o senador representa oxigenação nova, é um agregador, é acessível e sobretudo um trabalhador incansável. O deputado Lissauer Vieira(PSD) também marcou presença na solenidade.