O senador Wilder Morais (PL) foi uma das principais vozes do seminário A Voz do Campo, realizado no sábado (8), em Jataí, cidade reconhecida como uma das potências do agronegócio brasileiro. O encontro, que reuniu nomes de peso da direita e do setor produtivo nacional, debateu temas como os riscos à propriedade privada, o lobby ambiental, os entraves à produção de alimentos e o futuro jurídico e político do Brasil.
O evento, promovido no CTG Querência Goiana, contou com a presença de um “timaço” de expoentes da direita. Além de Wilder, participaram o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol, o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, o advogado Jeffrey Chiquini, que defende o ex-assessor de Bolsonaro, Felipe Martins, no processo sobre os atos de 8 de janeiro, o procurador da República Guilherme Schelb, o consultor tributário Antônio dos Santos, a diretora da Trust Mentoring, Tomaídes Rosa, o vereador no Texas (EUA) Maurício Galante, e o diretor jurídico da AndaTerra, Jeferson Rocha. A organização ficou a cargo do comunicador Marcelo Brum, ex-deputado federal.
“O Brasil que produz”
Em sua palestra, Wilder Morais fez uma fala marcada por referências à sua origem simples e ao valor do trabalho. Natural de Taquaral de Goiás, o senador relembrou a infância e a trajetória que o levou de uma pequena cidade do interior à condição de empresário e político de destaque no cenário nacional.
“Precisamos ter aqui representantes da direita e do setor que produz. Esse é o Brasil que eu quero estar dentro, o Brasil que produz e que dá certo”, afirmou, sob aplausos do público.
O senador destacou a importância de Jataí para a economia goiana e conclamou o público a se mobilizar politicamente em defesa do setor produtivo nas eleições de 2026. “Quero plantar uma sementinha na cabeça de cada um de vocês. Temos que fazer a nossa parte para que, em 2026, tenhamos maioria no Senado e governantes comprometidos com quem trabalha e produz”, disse.
Críticas ao governo federal
Wilder também aproveitou para relembrar ações realizadas quando foi secretário de Indústria e Comércio na gestão do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Segundo ele, o período foi marcado por um forte ciclo de expansão industrial no Estado. “Conseguimos assinar 159 protocolos de intenção, atraindo empresas, gerando milhares de empregos e colocando Goiás entre os Estados que mais criam vagas no Brasil”, afirmou.
Crítico do governo federal, Wilder apontou o baixo investimento em infraestrutura como um dos principais entraves ao crescimento nacional. “O governo tem apenas R$ 83 bilhões para obras de infraestrutura, o que representa menos de 1% do orçamento, enquanto em países desenvolvidos esse índice chega a 3%”, comparou.
Defesa do agro
Fiel às bandeiras do agronegócio, Wilder defendeu a ampliação dos incentivos ao setor. “Precisamos incentivar o agro a produzir 10% a mais. Hoje o setor já responde por 25% da economia. Se aumentarmos essa produção, o país pode arrecadar mais de R$ 300 bilhões”, calculou. O mesmo pode ocorrer com a mineração, que também precisa de incentivo.
O senador também reafirmou seu posicionamento favorável à liberdade e à segurança no campo, relembrando projetos de sua autoria durante o primeiro mandato no Senado. “Fui o primeiro a propor mudanças no Estatuto do Desarmamento para garantir ao produtor rural o direito de possuir arma em sua propriedade e proteger a sua família”, ressaltou.
Entre outras iniciativas, Wilder destacou o projeto que criou o modelo de multipropriedade imobiliária, a destinação de recursos para as universidades federais de Jataí e Catalão, criadas em 2016, e o aumento do Fies, que, segundo ele, chegou a movimentar R$ 2,8 bilhões.
“Transformei minha verba em conhecimento. Doamos mais de 1,2 milhão de livros para estudantes de Direito e Contabilidade em todo Estado”, acrescentou.
Lula
Em tom crítico, Wilder acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de adotar políticas que penalizam o setor produtivo. “Hoje Lula está sempre com a mão no bolso de quem produz e gera empregos neste país”, disse.
Para ele, o Brasil precisa retomar o caminho do trabalho, do empreendedorismo e da meritocracia. “Estamos matando a oportunidade das pessoas. Meu pai me dizia: o meu direito termina quando começa o seu. Esse foi um aprendizado que levo até hoje. Estar no Senado e lutar pelo Brasil é um dever com essa história”, concluiu.
O evento encerrou-se com o reforço da mensagem de fortalecimento de candidaturas alinhadas ao agronegócio e à defesa das liberdades individuais nas eleições de 2026.
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