WILDER
MORAIS

Engenheiro e
Empreendedor goiano

Energia solar ainda é pouco difundida no Brasil

Artigo publicado pelo jornal Diário da Manhã — 22 de dezembro de 2015

Gerando energia e preservando o meio ambiente

solar


Wandell Seixas

As energias alternativas, infelizmente, ainda são pouco difundidas e seu uso menor ainda no Brasil. A quase totalidade de energia elétrica tem como fonte as usinas hidrelétricas. Como o País detém o maior potencial de recursos hídricos do mundo e que proporcionam milhares de quedas d’água por todas as macro e as microrregiões brasileiras, fica mais em conta construir usinas elétricas.

Mas o Brasil é um país abençoado pela natureza, existe uma multiplicidade de energia no Norte, Sul, Leste e Oeste. As energias alternativas oferecem um adendo a mais, que satisfaz a sociedade mundial. São energias renováveis pouco ou não poluentes e não apresentam praticamente poluição ambiental.

Eis um resuminho para o leitor entender melhor: energia eólica é aquela gerada a partir do vento. Energia solar ou fotovoltaica, proporcionada pelos raios solares. Energia geotérmica é a obtida a partir do calor oriundo das camadas mais profundas da terra. Energia dos mares, oriunda das ondas marítimas. Biomassa advém da matéria orgânica, sobretudo de vegetais, como a cana de açúcar. Nuclear, gerada através do processo de fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido. Biogás, obtido dos gases provenientes de decomposição de resíduos orgânicos.

A procura da tecnologia nuclear no Brasil começou na década de 50. Foi o pioneiro nesta área o almirante Álvaro Alberto. Entre outros feitos, criou o Conselho Nacional de Pesquisa, em 1951, e que importou duas ultracentrifugadoras da Alemanha para o enriquecimento do urânio, em 1953.

No regime militar, o governo retomou a iniciativa, convencido de que do acesso ao conhecimento tecnológico no campo nuclear permitiria desenvolver não só submarinos nucleares, mas armas atômicas. O Programa Nuclear Paralelo, somente divulgado alguns anos mais tarde, deixou bem claro as intenções do País em dominar o ciclo do combustível nuclear, tecnologia esta somente do conhecimento de poucos países no mundo.

Em junho de 1974, as obras civis da Usina Nuclear de Angra 1 estavam em pleno andamento quando o governo federal decidiu ampliar o projeto, autorizando Furnas a construir a segunda usina. Em 27 de junho de 1975 foi assinado em Bonn, na Alemanha, o Acordo de Cooperação Nuclear, pelo qual o Brasil compraria oito usinas nucleares e obteria toda a tecnologia necessária ao seu desenvolvimento nesse setor.

O governo de então, com sua visão estratégica, percebeu os sinais de escassez de energia elétrica para meados dos anos 90 e início do século 21. Os militares observaram que o potencial hidroelétrico já se apresentava quase que totalmente instalado. E que os brasileiros não poderiam interromper o processo de desenvolvimento econômico e social.

No governo do general Ernesto Geisel, o Proálcool (Programa Nacional do Álcool) consistiu em uma iniciativa do governo brasileiro de intensificar a produção de álcool combustível (etanol) para substituir a gasolina. Essa atitude teve como fator determinante a crise mundial do petróleo, durante a década de 1970, pois o preço do produto estava muito elevado e passou a ter grande peso nas importações do País.

Havia o sonho do Brasil Grande.

A recente crise decorrente da seca mostrou que não só o Nordeste é afetado. A região Sudeste, com ênfase para São Paulo, no sentido econômico o maior Estado brasileiro, sentiu a aguda falta de água. O precioso líquido na capital paulista começou a valer ouro e o governo Alckmin sentiu o peso da cobrança em plena campanha eleitoral. Os reservatórios estavam no ponto crítico. Os rios secaram e até o Tietê interrompeu a sua navegabilidade e a energia elétrica, oriunda da usinas, estava sob constante ameaça. Logo em São Paulo, estado industrial por excelência!

Ficou, com tudo isso, uma lição. O Brasil precisa dispor de energias alternativas. E a energia solar, que apresenta praticamente os custos dos investimentos e de manutenção baixíssima, constitui uma das soluções.

Entra em cena um senador pouco conhecido da maioria da população goiana e muito menos dos brasileiros: Wilder Morais. Com a cassação do senador Demóstenes Torres, na condição de suplente, assumiu a vaga. Sem a verbosidade do jurista goiano, Wilder vai comendo pelas beiradas. E demonstrou como empresário vinculado ao Fórum Empresarial de Goiás, sua preocupação com as energias alternativas. A energia solar despontou num primeiro plano. Se inteira da sua importância que buscou em Israel, na Espanha e noutros países como funciona esse sistema.

Seu propósito é inclusive arrojado. Sua ideia é que um plano de energia solar seja cumprindo em todo o Brasil. Segundo ele, esse tipo de energia precisa estar presente porque oferece um serviço praticamente de graça. Há os investimentos na compra e instalação dos equipamentos. E gradativamente os custos refluem até praticamente zerar.

Uma linha de crédito no sistema financeiro, sobretudo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), poderá ser aberta.E proporcionar condições de que essa energia chegue as todas as camadas da sociedade brasileira. O meio rural, claro, está inserido em sua proposta. A irrigação pode ser movida pela energia solar. Sem os costumeiros cortes abruptos da eletricidade e consequentes prejuízos na produção e no abastecimento de alimentos.

(Wandell Seixas, jornalista voltado para o agro, bacharel em Direito e Economia pela PUC-Goiás, autor do livro O Agronegócio passa pelo Centro-Oeste e assessor de Imprensa da Emater).

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